Monday, November 06, 2006

“Sigam o cego”


Minha orientação é a de um guia cego. “Sigam o cego”, dizia a camiseta de um aluno.
Não
me interesso por uma idéia pré-concebida de corpo.

Eu não tenho ojeriza à tecnologia. Eu gosto de pensar que a afirmação sobre a obsolescência do Stelarc possa lá ter seu fundo de verdade. Embora se possa pensar o quanto Stelarc possa ser obsoleto também.

A onda da performance que realmente me anima é aquela que tem a ver, por um lado, com Bob Wilson, por outro com Beuys e por outro com Zé do Caixão. De quem eu gosto? Do Torquato perdido num filme sobre Nosferatu, da composição estranha que Guilhermo Gómez-Peña realiza de si próprio.

Grande parte do que pudesse ser interessante no que já fiz é justamente a incompletude do seu caráter experimental. O processo, o processual, para mim, é um fazer que não se esgota na presença da apresentação, ele prossegue. Por isso é necessariamente incompleto. Eu só me preparo para falar mas eu quero pensar a ação do meu corpo em seu despreparo que age. Existe um agir do despreparo.

Música. Performance. Tecnologia. Poesia.

Construir mediações com a tecnologia da performance, da palavra, dos sons.

Som e sentido.

Espero que não vire aquela canção da Marina: “mas tudo é tão difícil/ que eu não vejo a hora/ de tudo terminar”


Uma ilustração

http://tvuol.uol.com.br/ult2448u165.jhtm#
Infelizmente, só para quem tem UOL, mas esta cena da Cia. Quasar - embora não seja uma onda que me agrade tanto - ilustra um pouco o caminho que descrevi.


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