pucperformance007

Achei na rede um trecho do início do The Hunger que tem o clip do Bauhaus
Vejam o link na seção correspondente ao lado

Em outro site (profile.stimtv.com/member/asphatindie) há um clipe sensacional mas tem de buscar na página do cara pelos termos "Bauhaus" e "Bela Lugosi is Dead"

Dieter Roth chegou a trocar seu nome para Rot (podre) para melhor representar a idéia que, juntamente com Kippenberger, se tornou a obsessão artística da dupla: trabalhar com a falha, o erro, o desastroso. A segunda imagem aqui é de uma instalação na Wirth Coopermill de Londres em Agosto. Chama-se Grosse Tischruine (A grande ruína das cadeiras) e trabalha pelo procedimento da acumulação e do excesso. A primeira chama-se, simplesmente, Trem. É, ao que me parece, uma variante da segunda. Mais dados nos links.

Esses aí em cima são trabalhos de Wang Qing Song. Peguem o link aqui à direita e vejam mais a respeito. Todas as pessoas que posam para estas imensas fotos são gente comum que fazer uma "pose performática", como eu diria, para o artista.

...e mais não digo. Olhem nos links que vcs. vão entender...

Cada um é uma bola de futebol
Cada um é uma roda de bicicleta
Cada um é um telefone (celulares c/ lagosta)
Cada um é uma bandeira
Cada um tem um chifre/número
Cada um tem uma luz
Cada um tem um som gravado
Cada um tem um salto no vazio
Cada um tem seu azul
Cada um, um quadrado
Cada um, um grito
Cada um, uma peruca
Cada um, uma letra
Cada um, um subterrâneo
Cada um, um mando
Cada um, uma capa
Cada um, uma máscara
Cada um, uma cadeira
Cada um, um aparelho
Cada um com um traje
Cada um, um traço/risco
Cada um, uma frase
Cada um, uma extensão
Cada um, um busto
Cada um tem uma canção
Cada um toca uma música/faz um som
Cada um, um jaguadarte
Cada um, uma torre
Cada um, um vértice
Cada um, uma curva
Cada um, uma dobra

e todos continuam

Me segura que eu vou dar um troço - Wally Salomão
Urubu-Rei - Gramiro de Mattos
Um atrapalho no trabalho - John Lennon (trad. port. Paulo Leminski, ed. Brasiliense)

Minha orientação é a de um guia cego. “Sigam o cego”, dizia a camiseta de um aluno.
Não me interesso por uma idéia pré-concebida de corpo.

Eu não tenho ojeriza à tecnologia. Eu gosto de pensar que a afirmação sobre a obsolescência do Stelarc possa lá ter seu fundo de verdade. Embora se possa pensar o quanto Stelarc possa ser obsoleto também.

A onda da performance que realmente me anima é aquela que tem a ver, por um lado, com Bob Wilson, por outro com Beuys e por outro com Zé do Caixão. De quem eu gosto? Do Torquato perdido num filme sobre Nosferatu, da composição estranha que Guilhermo Gómez-Peña realiza de si próprio.

Grande parte do que pudesse ser interessante no que já fiz é justamente a incompletude do seu caráter experimental. O processo, o processual, para mim, é um fazer que não se esgota na presença da apresentação, ele prossegue. Por isso é necessariamente incompleto. Eu só me preparo para falar mas eu quero pensar a ação do meu corpo em seu despreparo que age. Existe um agir do despreparo.

Música. Performance. Tecnologia. Poesia.

Construir mediações com a tecnologia da performance, da palavra, dos sons.

Som e sentido.

Espero que não vire aquela canção da Marina: “mas tudo é tão difícil/ que eu não vejo a hora/ de tudo terminar”

Uma ilustração

http://tvuol.uol.com.br/ult2448u165.jhtm#
Infelizmente, só para quem tem UOL, mas esta cena da Cia. Quasar - embora não seja uma onda que me agrade tanto - ilustra um pouco o caminho que descrevi.